25 de março de 2012

Nenhum lado na Síria é melhor que o outro.

Siria:

Quem é quem neste solo de horrores:
Homens ou Feras?

Lívia Abdala

Estive lá, eu vi e pisei nas areias de sangue. Apesar de integrar um grupo humanitário formado por representantes de diversos órgãos oficiais do Líbano e Turquia, fomos barrados pelo Governo de Assad, e para nosso espanto até mesmo por seus opositores [ditos rebeldes nacionalistas]. Reinam desconfiança e, ódio. Implantadas barreiras fortemente armadas para impedir a entrada de”  جماعات المعونة ”[ajudadores ou pacificadores], as fronteiras lacradas por cercas de arames farpados e soldados do Ditador.


Nosso guia Karine Sumani   esclarece que o bloqueio se agigantou após a visita dos Observadores da ONU que por Síria estiveram, e além de ajuda alguma, ainda levaram para o mundo noticias inverídicas, tanto sobre o Ditador quanto sobre as alianças de resistência.

Aos milhares, por diversas cidades os manifestantes fortemente armados, protestam incessantemente. Poeiras de vidas se erguem meio a estilhaços, gritos, desespero e funerais. Já nem se sabe quem morre ou quem mata. Tiros e bombas riscam céus e solos, tanto das tropas de resistência quanto das forças de segurança do governo.

Ficamos abrigados nos acampamentos dos Médicos Sem Fronteiras, aonde além de feridos e quase mortos nos chegam informações sobre os horrores das lutas nas diversas cidades da Síria. Os principais confrontos na cidade de Deraa.
Depois de um fim de semana no qual carros-bomba explodiram em Damasco e em Aleppo, as duas maiores cidades da Síria, a madrugada foi marcada por confrontos entre os rebeldes e as tropas leais ao ditador Bashar al-Assad no bairro de Mezzeh, em Damasco.
Explosões e o som de armas automáticas e dos voos de helicópteros ensurdecem e apavoram a todos.

O que exatamente ocorreu em Mezzeh ninguém sabe às claras. Nada é confiável, noticias de martírios, flagelos, prisões e mortes é o que se tem a cada hora. Assim como, de que entre opositores de Assad, infiltrados grupos de mercenários frios e assassinos, contratados e enviados pelo Ocidente- leia-se EUA. Ativistas anti-Assad assim afirmam, como também afirmam ser impossível identifica-los, mas garantem que estão presentes e misturados entre eles. Dizem, são terroristas sanguinários e hábeis em seus disfarces. Soubemos da chegada de Diplomatas ligados a ONU e a Liga Árabe ao país com a missão de tentar implantar o plano de paz proposto por Annan no início do mês. Mas o clima é mais propenso para a confrontação.
Um dos membros de nosso grupo, vindo da Turquia nos conta que em seu País o número de refugiados sírios chega a 16,1 mil e que muitos deles manifestam explicita vontade de retornar, tão logo consigam armamentos suficientes.
Segundo informam os que por lá estão, a onda de protestos em Deraa é um dos maiores desafios enfrentados pelo presidente Bashar Al-Assad desde que ele assumiu o governo, no ano 2000.

As Forças de Segurança ameaçaram invadir uma mesquita, alegando que ela estava sendo usada por gangues para estocar armas. Em um comunicado, o governo disse que na mesquita havia "crianças raptadas" que estavam sendo usadas como escudos humanos.

Onde a verdade?
O que vi, são homens transfigurados em bestas-feras. Já perderam as humanidades que lhes restavam.

A capital síria registra todas as noites confrontos entre tropas leais ao regime e combatentes do Exército Sírio Livre (ESL), formado em sua maioria por soldados desertores.
A Primavera Árabe vive na Síria um de seus episódios mais complexos. A quem interessa esta derrama? Onde a verdade dos fatos? Que Assad é um tirano, sabemos. Mas, entre os grupos opositores , com que tive contato o que vi , são homens transformados em bestas-feras.

Nenhum lado na Síria é melhor que o outro.

Ainda que livre de Assad [se...] nada será o mesmo que antes – isto é fato.  A Primavera Árabe em seu escopo não é apenas sobre a derrocada de ditadores reinantes, mas também é um movimento de protesto duradouro desafiando, ao mesmo tempo, várias dimensões da ordem social interna, especialmente evidenciando as desigualdades na distribuição de renda, e a ordem internacional, o lugar dos países árabes na ordem econômica global – em outras palavras buscando um fim para sua submissão ao neoliberalismo e aos ditames dos Estados Unidos e da OTAN na ordem global política. Este movimento, cuja ambição é também para democratizar a sociedade, demandando justiça social e uma nova nação e (eu diria) uma sociedade e política econômica anti-imperialista, irá portanto durar anos – o que com certeza terá altas e baixas, avanços e recuos – pois não será capaz de achar sua própria resolução em um período de semanas ou meses.

A situação na Síria é extremamente complexa, se comparada com Egito ou Tunísia, o ponto fraco na Síria é que os movimentos de protesto são muito diversos e confusos. Pelo que vimos e sentimos os rebeldes – não tem nem mesmo um programa político para além dos protestos.

Consensual em nosso grupo: que causar implosões nos Estados do Oriente Médio é um plano dos EUA e Israel. Mas não será tão fácil porque, ainda que sem um projeto politico sustentável, o sentimento nacional é um fator poderoso na Síria.
Retornamos com a alma cheia de estilhaços, marcada pela atrocidade do Homem se auto bestificando e uma impotente compaixão pelos inocentes náufragos desta utopia : a Paz existe?


12 de março de 2012

Comunicado

Lívia Abdala está na Síria , em trabalho humanitário, impossibilitada de se comunicar conosco ou com quer que seja.
Que Deus cuide de nossa querida Amiga e Colunista.
anamerij

4 de março de 2012

Que os Países se juntem para promoção da Paz na Síria.Urge!



Síria: Ódio sem fim...



Estou parte dos Voluntários Libaneses pela ajuda aos exilados sírios. Eles nos chegam famintos, feridos no corpo e na alma, mutilados de pais, irmãos, filhos: decepados de seus afetos mais caros, destituídos de seus  lares e de seus bens.

Impossível descrever o opaco de suas retinas exangues. Suas lágrimas são mudas e sangram, suas perdas ecoam num silêncio dorido e profundo. Fugitivos da violência, da barbárie e da fome que se alastram pelas cidades sírias, principalmente Homs, onde tudo é falta, onde só não faltam mortos, muitos mortos.

Todos em total estado de pavor.

É lento e difícil o estabelecimento de um diálogo com este Povo massacrado a temer sua própria sombra. Conquistada a confiança de alguns, narram-nos fatos terríveis, de uma matança cruel, fria e perversa.
Em geral, os adultos se calam acuados, as crianças com suas inocências perdidas, são pequeninos envelhecidos pela dor e pelo medo.

Em conversa com uma exilada na semana que se foi, ouvi da mesma [ mais ou menos] este clamor, que divulgo, na esperança de que ecoe junto à comunidade internacional:

“Queremos que sejam impostas sanções contra o regime Sírio. Chega de tortura, sofrimento e morte. Tivemos de abandonar as nossas casas, perdemos maridos, filhos, amigos. Assistimos suas vidas se esvaindo diante nossa mais completa impotência pela ditadura sanguinária de Bashar al-Assad. Que o Mundo se una a favor de nossa Gente, e não apenas enviem observadores passivos, para simplesmente constatarem que a vida humana na Síria nada vale, observadores que pisaram nosso solo sangrado sem qualquer ato efetivo que venha a coibir o barbarismo deste regime.”

A situação se agrava dia após dia.
Que os Países se juntem para promoção da Paz na Síria.Urge!
Que me ouçam todos os Deuses, para estancar o sangue que escorre no solo sírio!

Livia Abdala
Líbano/01 de março de 2012
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31 de dezembro de 2011

Amanhã, se Alá quiser longe será a guerra, a morte , a fome...

Areias de Sangue


Ermas, suplicando aflitas
sem rumos, por dores combalidas
quedam-se as almas nestas areias de sangue

Amanhã, se Alá quiser
longe será a guerra, a morte , a fome
e, se erguerão guaritas divinais
para seu povo exangue...


Amanhã, se Alá quiser:
-ó Pátria minha, louvado será teu nome!


Líbano_ 28/12/2011

22 de dezembro de 2011

A mão da guerra, cada vez mais dissoluta quebra seus sonhos e seus lares..

Sob os céus do Líbano


[Os Refugiados Sirios ]

     Estilhaços: fel, sangue e dor cortando suas carnes e seus dias
               em fatias finas
     feridos no cotidiano, este povo marcha por caminhos de agonia

     A mão da guerra, cada vez mais dissoluta quebra seus sonhos
             e seus lares em mil cacos precários

      Rasos destinos que seguem rumos escorridos em miséria insone
           que ninguém recolhe

               É de Paz, a sua fome!

Lívia Abdala
Líbano-19/12/2011

11 de dezembro de 2011

Apesar da guerra que começou em julho de 2006 no Líbano já ter acabado, seus efeitos ainda permanecem



Libano:
A Miséria que sobrou...


[Médicos sem Fronteiras]
Desde o final de 2008, MSF está gerenciando um programa de saúde psicológica, dentro e nos arredores do campo de Burj el-Barajneh, no Líbano, para palestinos e libaneses vulneráveis. Nos dois últimos anos, mais de mil pessoas foram tratadas pelo programa, baseado em uma abordagem comunitária que une cuidados psiquiátricos e psicológicos e apoio social para um desenvolvimento mental saudável.
Quando o Estado de Israel foi criado em 1948, centenas de milhares de palestinos foram forçadas ao exílio. Mais de 60 anos depois de serem forçados a abandonar suas casas, milhões de refugiados palestinos ainda vivem em acampamentos. Mais de 200 mil refugiados palestinos estão registrados no Líbano, e cerca de metade vive em uma dúzia de acampamentos espalhados pelo país. Aproximadamente 60% dos refugiados palestinos estão desempregados, e um número próximo a este vive abaixo da linha da pobreza, segundo dados da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla em inglês). Saiba mais sobre a situação geral do Líbano.
Espremido entre o aeroporto e a região dos subúrbios no sul de Beirute, o acampamento de Burj el-Barajneh é a área mais densamente povoada da capital, e abriga cerca de 18 mil pessoas em um espaço de apenas um quilômetro quadrado.
Uma abordagem comunitária
O programa de saúde mental comunitário de MSF, que teve início em dezembro de 2008, foi o único a oferecer consultas gratuitas no acampamento de refugiados de Burj el-Barajneh e na região vizinha. Com a quebra de tabus relativos à saúde mental, e o apoio oferecido, as pessoas estão começando a falar de seus problemas abertamente.
Uma equipe formada por profissionais do Líbano, da Palestina e de outros países está fornecendo apoio psicológico, psiquiátrico e social às pessoas mais vulneráveis, independentemente de gênero, nacionalidade, afiliação política ou opção religiosa. Em 2009 e 2010, mais de mil pacientes se consultaram com psicólogos e psiquiatras de MSF, sendo a maioria (60%) formada por mulheres palestinas e libanesas com idades entre 25 e 40 anos.
Muitos moradores dos acampamentos foram profundamente afetados por guerras e conflitos sucessivos. Eles não têm perspectivas de futuro; é difícil conseguir emprego; e a maioria sofre com uma situação sócio-econômica precária. Em um ambiente como este, a depressão é muito comum. Afeta quase um terço dos pacientes atendidos. Outros 22% sofrem de ansiedade; 14% de psicose; 10% de transtornos bipolares e distúrbios de personalidade.
"MSF sempre tenta partir de uma abordagem baseada nas relações comunitárias e multidisciplinares," disse Pierre Bastin, assessor de saúde mental de MSF em Genebra. "Isto quer dizer que nós não nos limitamos a receitar remédios, mas também tentamos oferecer cuidados bio-psicológicos e de compreensão. Como os fatores por trás das doenças são de natureza biológica, psicológica e social, o tratamento também deve ser direcionado para essas três áreas. Em termos práticos, isso quer dizer que o fator biológico será tratado com medicamentos receitados pelo psiquiatra, e o aspecto psicológico será tratado pelo psicólogo que trabalha com o paciente e, possivelmente, seus familiares. Quanto ao fator social, também há condições sociais que precisam ser atendidas para auxiliar o progresso do paciente".

Os efeitos prolongados da guerra


Apesar da guerra que começou em julho de 2006 no Líbano já ter acabado, seus efeitos ainda permanecem. Durante o conflito, MSF descobriu que uma em cada seis pessoas no país necessita de cuidados psicológicos, em um país cuja oferta de cuidados de saúde mental é extremamente limitada.
De acordo com uma pesquisa nacional publicada no site "The Lancet", em 2006, distúrbios mentais são tão comuns no Líbano quanto na Europa Ocidental, mas o número de pessoas que não recebem tratamento é bem maior no Líbano do que no Ocidente. O sistema de saúde libanês é dominado pelo setor privado, e os tratamentos são muito caros. A assistência psicológica é disponibilizada apenas para as crianças, enquanto os adultos – especialmente os refugiados – raramente têm acesso ao tratamento que necessitam.

A miséria que sobrou, ainda perdura,chora  e grita por aqui !




[Fonte: MSF]

3 de dezembro de 2011

Há evidências reais de torturas, execuções de indivíduos desarmados e extermínios em massa dos que ousam desertar ou rejeitar o regime.


Síria: A Ditadura do Medo


Lívia Abdala
[Composição de imagens-anamerij-Fonte Reuters]

Os protestos por aqui se avolumam, estamos a vivenciar primitiva guerra civil. Já contabilizados mais de 4 mil mortos e um número cada vez maior de soldados pegando em armas contra o governo do presidente Bashar al-Assad, que não se rende, muito pelo contrario instalou a ditadura do medo para amealhar apoiadores, como forma de garantir-se e sustentar seus interesses, seus fins pessoais.

Reinam o pânico e obsequioso silêncio. Os que ousam se manifestar, tornam-se alvo da perseguição de Bashar al-Assad, como o padre Paolo Dall'Oglio, membro da comunidade jesuíta da Síria e responsável pelo mosteiro Mar Musa al-Habachi, perto de Nabak, a quem foi determinada a imediata saída do país. O Ministério sírio do Interior enviou uma ordem nesse sentido ao bispo do qual o religioso depende. A expulsão de Padre Paolo, personalidade muito respeitada na Síria por parte das várias comunidades confirma a ditadura imposta ao povo. O governo sírio protege unicamente aqueles [acuados e coagidos] que aceitam apoiá-lo, assumindo o seu discurso, divulgando a sua propaganda, justificando os barbarismos praticados, conferindo-lhe deste modo o aval desejado para seus comportamentos criminosos.

Bashar al-Assad conquistou apoio de 2,5 milhões de cristãos. São lideranças religiosas covardes, que preferem se esconder nas benesses do Ditador a cumprir seus votos missionários de defender as minorias subjugadas pelo governo, que lhes impõe condições de vida desumanas e degradáveis: fome, miséria, e morte são os mais leves castigos aplicados a eles.

Há evidências reais de torturas, execuções de indivíduos desarmados e extermínios em massa dos que ousam desertar ou rejeitar o regime. Nos bairros e vilarejos cristãos têm permanecido em grande parte quietos, sem nenhuma manifestação ou reação contra os crimes praticados. Em vez disso, calamitoso silêncio. Ou pior, tomados pelo pavor de represálias, manifestam lealdade ao Ditador: único jeito de se manterem vivos.

O que mais causa espanto é esta adesão dos lideres religiosos, todos convocados pelo Governante, e rendidos a Ele, diante a clara ameaça recebida: apoiem-me ou suas igrejas queimarão.
Notícias vazadas deste encontro, afirmam a presença do patriarca ortodoxo sírio Ignatius, presença ativa no funesto encontro com o Governo. Ignatius tem 78 anos e está gravemente doente, mas ainda é uma figura poderosa. Presentes também Bispos e Arcebispos representando católicos, armênios, arameus e assírios.
  
Ao que parece, Assad, um membro dos alauitas, uma seita do islamismo xiita, não queria presumir que os cristãos da síria continuariam afastados da política. Sentindo que não apenas sua autoridade, mas talvez sua própria sobrevivência estivesse em jogo, ele recorreu aos mesmos meios que seu pai, Hafez Assad, usava para manter o poder: pressão e violência.

A Liga Árabe suspendeu a Síria, isolando o país internacionalmente. Damasco perdeu o prazo da última sexta-feira para que Assad colocasse um fim ao derramamento de sangue e permitisse a entrada de uma comissão de observadores no país. A Liga permitiu uma breve prorrogação, mas no domingo impôs sanções econômicas duras contra o país. Na quarta-feira, a Turquia impôs suas próprias sanções econômicas contra a Síria.


Mas também há jovens cristãos como Mohammed, que estão organizando a resistência em Bab Sharqi, um distrito na cidade velha de Damasco, onde também fica a igreja do arcebispo Gregórios. Mohammed formou um comitê organizador juntamente com sete outros amigos. Os ativistas têm todos entre 20 e 29 anos, a maioria estudantes. Eles se reúnem em locais secretos e se comunicam por e-mail e telefone por satélite. Mas, ainda é um movimento em construção.

Dentro de Damasco, há apenas poucas centenas de cristãos assumindo um papel ativo como Mohammed. Até o momento, o apoio a eles vem principalmente de outros cristãos que vivem no exílio, que formaram grupos de oposição nos Estados Unidos e no Reino Unido. Eles também estão planejando montar um na Alemanha.

Trabalhando em conjunto com o Conselho Nacional Sírio, o grupo de oposição mais importante, esses ativistas estão buscando aumentar a pressão sobre o Ocidente. A primeira opção deles seria uma intervenção semelhante ao envolvimento da OTAN na Líbia. Eles não veem nenhuma chance de sucesso sem apoio militar e não entendem por que Washington, Paris, Londres e Berlim são tão contrários à ideia.

Tudo muito complexo e contraditório, nestas plagas. Ao ser perguntado sobre uma possível intervenção, o arcebispo Gregórios riu alto, e alegou: como cristão, não acredito no poder das armas, apenas na paz e na democracia.

O que significa ter dito: abro mão de todos os meus princípios humanistas- que devem reger meus atos – derivativos de minha missão e de meu oficio, renego minha servidão as leis divinas, para seguir a egolatria assassina e demoníaca de Assad.

Amigos Brasileiros, o sofrimento aqui é incalculável, porque o uso da violência contra a Dignidade e a Vida de tantos inocentes, provoca uma derrama de sangue, lágrimas e dor, manchando o solo Sírio, para sempre.


[Imagem-Fonte Reuters]
Bashar al-Assad é mais traiçoeiro que um lobo.


"[بشر] [أل-سّد] أكثر خائنة من ذئب."



[Líbano /Beirute , em 03 de novembro de 2011]

28 de novembro de 2011

[aldravia]




densas
nuvens
presságios
hora
negra
naufrágios

*** 
livia abadala

[Libano-Novembro 2011]